30 de jun. de 2015

SUPER GTS 2 – Nick Nagano quebra hegemonia do Toyota Supra e Diego Costa se torna campeão em Mid-Field

O 'Round 5 – MID-FIELD GT 90 MINUTES RACE', quinta rodada do calendário da segunda temporada do SUPER GTS, foi realizada no circuito fictício de Mid-Field Raceway no sentido horário, por volta das 22h10 do dia 27 de junho de 2015. Os vencedores dessa etapa foram Nick Nagano (#1 NAG-R HSV-Evo LM),  na GT500, e Diego Costa (#8 Vette Racing), na GT300.

O que acontece quando você está por dentro de uma temporada completamente dominada por um carro X? Enjoa? Torce pra concorrência superá-lo? Pois bem. Eis que finalmente os Toyota Supra acabaram sendo derrotados na penúltima etapa do SUPER GTS 2, no recém chegado circuito de Mid-Field, figura carimbada do Gran Turismo até o GT4, quando foi abdicado do GT5.

Vamos começar falando do qualifying: apenas quatro pilotos da GT500 trouxeram seus carros para Mid-Field Raceway. Faltaram Júlio Cazari (#22 Kzari HSV-010), Otto Wilson (#99 Tacit Ronin Lexus SC430) e Alexandre Sombra (#11 Schatten Racing GT-R), deixando a corrida um pouco mais fácil para Tavares Junior (#82 Forrozin Fast SC430), Roberto Denner (#21 RD Supra Bebê 45T), Lucas Furlan (#5 FPR ESSO Ultron Supra) e Nick Nagano (#1 NAG-R HSV-Evo LM), quase livres. Furlan, com o chassi novo (e também, novo nome), fez a melhor volta no dia 26, garantindo sua terceira pole position na temporada. Foi seguido por Nick Nagano e Tavares Junior. Denner ficou com a quarta posição porque não compareceu ao qualifying. Na GT300, contraditório à classe maior, seis pilotos presentes: Diego Costa (#8 Vette Racing), Maciel Claudino (#12 Atom Joker RX-7),  Rafael Pereira (#32 USTIO IS350), Anderson da Silva (#36 MB DRT SLS) e Gian Carvalho (#85 OAK Corvette Z06). Raphael Capuchinho (#15 SLS Minardi GT) completou o grid na corrida.
Com a esvaziada GT500, era esperado que não ocorresse muitos problemas, pelo contrário: já na primeira volta, o pega do momento era de Nick Nagano e Lucas Furlan, que tinham acertos completamente iguais. Junior ficou pra trás aturando Roberto Denner, que o passou já na segunda volta. A battle for 1st foi intensa até na hora de parar pra troca de pneus. O primeiro a fazer isso, diferente do habitual, foi Furlan. O #5 FPR ESSO Ultron Supra estava na segunda posição e aproveitou a chance para tirar vantagem depois.

O problema é que Nick Nagano foi tão preciso que mesmo parando uma volta depois, conseguiu sair na frente do indaiatubano. No entanto, Denner permaneceu na pista e almejava parar aos 30 minutos de corrida. Uma estratégia típica de quem quer ganhar vantagem conservando os pneus e fazendo menos paradas que os demais. Enquanto Denner tentava de tudo pra tirar vantagem lá na primeira colocação, o #5 FPR ESSO Ultron Supra tentava de tudo pra buscar o #1 NAG-R HSV-Evo LM. O negociamento de ultrapassagens com os retardatários também foi crucial nesta corrida.

Denner efetua sua parada e Junior, depois de três erros catastróficos, abandona. Lucas Furlan, no momento, tentou de tudo, mas não conseguiu. Nagano pegou um pouco de grama, derrapou e perdeu muita velocidade na volta 36, mas quem disse que seria garantia pro Furlan assumir a primeira colocação? Foi ultrapassado novamente por Nick na volta seguinte, no mesmo trecho onde perdeu a posição. Com um carro bem mais gasto que o de Nick, Furlan efetuou sua segunda parada na corrida. Nagano foi pro pit-stop na volta seguinte e, de novo, saiu em vantagem à frente de Lucas. O Honda HSV-010 acabará que mostrando seu potencial em Mid-Field: não era o carro mais rápido, mas sim o mais estável.

Aos 40 minutos de corrida, já era possível ver o tempo nublado. A chuva poderia cair a qualquer hora, mas diferentemente de Suzuka, não aconteceu. A diferença entre Nagano e Furlan decaiu por volta dos 50 minutos, uma vez que o Supra é o melhor carro de reta da GT500 e o mais vantajoso em situações como pegar vácuo de outros carros na pista. Mas Nick Nagano acabou resistindo, completamente diferente do que era acostumado (em ocasiões anteriores, não importava quem era o líder, Lucas o passava e tirava vantagem disso). Nem os retardatários "ajudaram" a Nagano ser lento em Mid-Field.
Denner fez uma parada um pouco mais cedo do que esperava, já que o plano era parar nos 60 minutos de prova (parou aos 56) e precisou contar com o bom desempenho de seu #21 RD Supra Bebê 45T para não vacilar no fim. O que ele não esperava era que Furlan e Nagano, mesmo fazendo três paradas, conseguiram superá-lo. Nas voltas finais, ultrapassaram o cearense, vencedor da primeira etapa da temporada. Mas nem tudo estava perdido, pois Lucas perdeu seu carro pra pane seca e ainda rodou, após uma longa batalha com Nick Nagano pelo primeiro lugar. Não restou outra alternativa a não ser terminar "passeando" com seu carro lento pelo circuito inteiro no minuto final e ter perdido a segunda posição pra Denner. Um duro golpe pro líder do campeonato ter terminado dessa forma. No entanto, um objetivo alcançado por Nick Nagano, que segundo o próprio, "queria apenas uma vitória no campeonato, pois não estou focado em conquistar o campeonato de novo. Mas, se tenho chances, vou à luta."

Por coincidência, no ano passado, o carro a ser batido era justamente o Honda HSV-010. Na penúltima etapa, o carro vencedor acabou sendo o Nissan GT-R de Otto Wilson, quebrando uma hegemonia que durava cinco corridas seguidas.
Como foi dito, a classe GT300 estava recheada. 6 pilotos compareceram à corrida – iriam ser 7, mas Clayton Nemezio desistiu por forças maiores (o piloto espera a segunda filha e está de plantão para recebê-la a qualquer momento). Anderson da Silva, o #36 MB DRT SLS, marcou a segunda pole consecutiva e tentava apagar o desfecho cometido em Suzuka, quando era líder e errou na última volta, deixando livre passagem para Diego Costa (#8 Vette Racing) vencer pela terceira vez no campeonato.

Aqui, em Mid-Field, Anderson perdeu a primeira posição logo na largada, mas conseguiu recuperar, depois de uma travada batalha com Diego Costa, que largou em segundo. Rafael Pereira, o #32 USTIO IS350, seguiu sem atrapalhá-los. Lá atrás, Gian Carvalho e Maciel Claudino (#85 OAK Corvette Z06 e #12 Atom Joker RX-7, respectivamente) disputavam o que Anderson e Diego disputavam na fila da frente. Sem nenhuma novidade, Raphael Capuchinho (#15 SLS Minardi GT) faz lambança logo no início de prova e faz papel de retardatário até para seus colegas da GT300.

Até então tudo bem pro pessoal. Diego perde um pouco de rendimento e Rafael vai à caça. Consegue passá-lo, inclusive, mas perdeu controle na primeira curva da volta 18, típica de lambanças. Com isso, Diego reassumiu sem problemas o segundo lugar conquistado no qualifying. O erro custou à Rafael dois segundos de diferença entre os dois.

Anderson, aos 30 minutos de prova, foi o primeiro a efetuar a primeira parada, seguido por Rafael na mesma volta para tentar tirar alguma vantagem sob Diego. No meio desse fluxo, Maciel conseguiu ultrapassar Gian e tomar conta da quarta colocação por um tempo até que fosse pros boxes. 5 voltas depois, Diego troca seus pneus e volta em completa desvantagem atrás de Rafael e Anderson, que à altura lhe colocou 11 segundos de diferença e se sobressaiu por ter feito a parada bem mais cedo. O último a parar foi Gian.
Com a parada tardia de Gian (incrivelmente até os 46 minutos!) fez com que ele perdesse tanto tempo na pista a ponto de quase ser ultrapassado por Maciel, que parou aos 30 minutos. De nada adiantou e o piloto voltaria muito atrasado em relação aos rivais. Ao que parecia, confiava em apenas uma parada em uma corrida de 90 minutos. Um descuido fez com que Maciel rodasse na pista e danificasse temporariamente seu eixo traseiro direito, que fez com que ele se distanciasse ainda mais da turma do top 3. Bastante similar à situação de Maciel, Anderson rodou seu #36 MB DRT SLS no mesmo trecho e acabou jogando fora toda sua distância de Rafael Pereira – de 9 segundos de gap, caíram pra 3 segundos. Para "se safar" do tempo perdido, tentou uma parada inesperada aos 50 minutos, após 43 voltas completadas.

Rafael Pereira efetuou sua segunda parada aos 61 minutos de prova e conseguiu voltar na frente de Anderson, perseguindo. O piloto do #36 MB DRT SLS, desnecessariamente, acabou faznedo outra parada 15 minutos depois de sua última. Rafa deu sorte também de ter Diego Costa parando 10 minutos depois. A partir daí, era correr pro abraço (e pra constância) para não ter a baboseira de perder o carro e a primeira colocação. A diferença entre Rafa e Diego oscilava, mas decaiu quando o #32 USTIO IS350 não tinha mais gasolina – o piloto não encheu o tanque como deveria e precisou economizar o pé e efetuar uma parada extra na última volta, totalmente inesperada! Antes disso, ele quase perdeu o carro quando errou a primeira curva da pista, coincidentemente a mesma de algumas lambanças da galera. Foi condição perfeita para Diego Costa, que já estava próximo de qualquer jeito, podendo comemorar a quarta vitória seguida – que lhe deu automaticamente o título de campeão da GT300! Parabéns, Diego!

INTERVIEW

Classe GT500
Primeiro lugar
#1 NAG-R HSV-Evo LM / Nick Nagano
"Fantástico! Jamais esquecerei essa corrida. Comecei com a expectativa de vencer... Dito e feito. O ritmo entre eu e o Lucas era muito parecido, bem similar ao que foi feito em Suzuka. O Denner tinha carro também, mas acho que pecou um pouco na estratégia... Ou eu e o Lucas que estávamos mais rápidos, mesmo. Eu não imaginava o Lucas perder o carro pro combustível, tudo bem que ele já tava um pouco distante de mim, mas mesmo assim é uma pena. Enfim... Eu não tenho muito o que falar além disso. Estou feliz demais! Tive uns probleminhas com o pessoal da GT300, mas nada grave, tudo coisa de corrida. O único problema, da endurance inteira, foi ter muitas baixas, incluindo o abandono do JR. Vamos pra final em Motegi! Enquanto isso, vou comemorando minha vitória em Mid-Field. Agora já posso encerrar a temporada feliz!"

Segundo lugar
#21 RD Supra Bebê 45T / Roberto Denner
"Comecei num ritmo legal, mas acho que o carro perdeu muita potência com o passar da corrida e consequentemente, meu ritmo caiu junto. Fiz uma estratégia diferente da galera... Não sei se foi boa ou ruim, haha! Ainda tive uma disputa legal com o Nagano. Só foi paia que só correram 4 GT500 e só 3 terminaram... Parabéns Nagano e Diego!"

Terceiro lugar
#5 FPR ESSO Ultron Supra / Lucas Furlan
"Começo de prova mal pra mim, andando num ritmo muito lento pro que o carro era capaz, e no final deixo o combustível acabar... Só não digo que é corrida pra esquecer porque foi muito legal as brigas por posições minha contra o Nagano."

Classe GT300
Primeiro lugar
#8 Vette Racing / Diego Costa
"Outra corrida sem ritmo pra acompanhar o Anderson, mas dava pra tentar algo na minha estratégia. Só que o Rafael foi mais eficiente com o carro/estratégia, apesar do pit na última volta... Em condições normais, eu não chegaria nele. Motegi é uma pista que eu não estou acostumado, vamos ver no que dá."

Terceiro lugar
#36 MB DRT SLS / Anderson da Silva
"Acho que dessa vez o óleo me quebrou as pernas... Puta que pariu! 30cv a menos e aí ficou difícil buscar o Rafael Pereira e o Diego Costa... Vivendo e Aprendendo."

Quarto lugar
#12 Atom Joker RX-7 / Maciel Claudino
"Corri no meu limite. Parabéns para galera. A disputa foi bonita nas duas categorias entre os 3 primeiros. Peço desculpas ao Nick Nagano, dei uma fechada nele, tomei um susto, não tinha visto ele... Pra mim, a minha corrida foi uma pra esquecer."

Vamos ressaltar também que o título da GT500 ainda não foi definido, mas nas equipes, a FPR já é campeã imediata. Deixemos nossos parabéns ao Lucas Furlan, o melhor acertador de carros do grupo! (Três pole positions, três voltas mais rápidas e três vitórias!)

Nos vemos no próximo fim de semana, lá em Motegi!

RESULTADO DA CORRIDA
RANKING DE PILOTOS
RANKING DE EQUIPES

GALERIA DE FOTOS

24 de jun. de 2015

As novidades previstas para um possível 'SUPER GTS 3'


A segunda temporada do campeonato nem acabou e estamos a caminho da penúltima etapa neste sábado, no entanto, é bom deixar publicamente exposto alguns planos para a SUPER GTS numa futura temporada – a terceira, pra ser mais preciso.

Pra começar, vamos analisar alguns fatos: o SUPER GTS 2, especificamente, foi o campeonato em que mais teve disputas de vagas. Uma vaga no campeonato valia ouro, tanto que até os reservas disputaram vagas entre si para correr uma das corridas. "Aí, fulano, bora participar?", "Tô dentro! O campeonato é show!". Sabemos de alguns relatos, e só temos a agradecer o interesse de vocês, mesmo que não tenham conseguido vaga ou saíram no meio do campeonato por questões pessoais. Outro ponto que chama nossa atenção é a dedicação que muitos tem de participar de um campeonato na GTStage – em especial o SUPER GTS. Desde o ano passado, muitos consideraram o melhor campeonato já realizado em muito tempo, com um bom regulamento e enésimas disputas entre os carros da classe GT500 e GT300. O campeonato também é audiência em leitura aqui no site!

Estes são os nossos argumentos a respeito do interesse no campeonato, afinal ele existe e dobrou com a segunda temporada. Agora, vamos olhar pra frente e deixar o que já era bom, melhor, com algumas previsões do que vai acontecer no futuro.

Mas, primeiramente, vamos deixar claro que é apenas uma probabilidade do SUPER GTS 3 acontecer, apesar de que queremos que ele realmente aconteça, de fato. Mas dependerá muito da gerência, como ela vai ficar e como vai coincidir seus compromissos dentro e fora do automobilismo virtual. Vamos falar dos três nomes que cuidam atualmente da GTStage: Lucas Furlan é o piloto que mais vence nas corridas daqui e também é moderador, porém, o mesmo não tem mais força para cuidar e gerenciar campeonatos ao lado dos companheiros. Entretanto, o mesmo está de olho na nova geração e está frequentemente no Project CARS. Em situação parecida está Geovanne Ferreira, que mesmo sem console de nova geração, está inapto a organizar qualquer coisa. Enquanto que Nick Nagano, principal responsável do campeonato e da gerência do grupo, morará em outro país a partir de julho próximo e não terá mais o mesmo tempo de antes (este talvez seja o principal motivo da incógnita do SUPER GTS 3). Outra justificativa que releva ainda mais a dúvida do campeonato é que estamos na reta final de Gran Turismo 6, pois o jogo está se mostrando defasado em relação ao que está aparecendo na nova geração de consoles. Mas, se mesmo assim tocarmos o barco dentro da GTS, iremos anunciar tudo conforme aconteceu nas duas temporadas.

E, dada a probabilidade da terceira temporada acontecer, eis algumas mudanças, 99% confirmadas:

- Vaga automática para o campeão da classe GT500 e GT300 do SUPER GTS 2;
- Aumento de 10cv em todos os carros participantes;
- Lastro "ilimitado" até o último round;
- Um round com chuva forte;
- Dois rounds com pequena probabilidade de chuva;
- Um round de três horas (GTS All Stars);
- Um round completamente noturno;
- Adição de novos carros (em caso de atualizações e/ou DLC);
- Oito rounds.

O regulamento só sairá quando estivermos na certeza de que o campeonato será realizado. Se o mesmo acontecer, é certo que será o último campeonato da GTStage pelo Gran Turismo 6, que vai tentar migrar de vez para a nova geração.

"Mas como? Se não existe um Gran Turismo 7?"

Assunto para os próximos capítulos...

23 de jun. de 2015

SUPER GTS 2 – Suzuka: festival de azar, surpresa, sorte e vitórias inesperadas

O 'Round 4 – GTS ALL STARS IV – 2 HOURS OF SUZUKA', quarto round do calendário da segunda temporada do SUPER GTS, também válida como a quarta edição do GTS All Stars, foi realizada no circuito atualizado de Suzuka, , por volta das 21h30 do dia 20 de junho de 2015. Os vencedores foram Lucas Furlan (#5 FPR DENSO Supra) na GT500, e Diego Costa (#8 Vette Racing) na GT300.

Há dois anos atrás, num dia comum da GTStage, a organização apresentou um regulamento de uma corrida em Fuji Speedway, pelo jogo Gran Turismo 5, com carros da classe GT500 da SUPER GT e com duração de 500 km de corrida. O sucesso foi tanto, que contou com uma segunda edição no mesmo ano.

É claro que estamos falando do GTS All Stars, que agora chegou em sua quarta edição. A primeira intenção da série era contar com corridas de endurance (média de 2 à 3 horas de corrida) com determinados tipos de categorias. Por enquanto, o All Stars contou somente com carros da SUPER GT (entre GT500 e GT300) e os carros GT500 da era JGTC. Não está descartada a possibilidade de ter corridas com carros de outros campeonatos em futuras edições!

Mas vamos voltar ao que interessa: esse ano, o All Stars IV fez parte do calendário da quarta rodada do SUPER GTS 2, em Suzuka Circuit. O evento também ficou conhecido como #suzuka4stars, pura alusão referente a quarta edição da série, e por ser a quarta passagem da temporada do campeonato. Logo, a mais importante – quem vencesse esta corrida, seja na GT500 ou na GT300, escreveria seu nome na história do Hall of Fame deste pequeno grupo e garantiria uma boa colocação no ranking do campeonato, uma vez que a pontuação era maior aqui (não sendo dobrada, vale constar).
Foram duas horas de corrida, duas horas de pura adrenalina em todas as classes. Mas antes, vamos ao grid: Tavares "JR" Junior, o #82 Forrozin Fast SC430, depois de ter uma corrida totalmente comprometida em Tokyo, marcava sua primeira pole no campeonato e garantia que estava pra vencer. Otto, #99 Tacit Ronin Lexus SC430, seguiu, marcando a dobradinha dos Lexus no qualifying. Denner, #21 RD Supra Bebê 45T, marcou o terceiro melhor tempo e Nick Nagano, #1 NAG-R HSV-Evo LM (que andou de pintura especial nesta etapa) não conseguiu superá-lo, ficou em quarto. O outro HSV do campeonato (o de Júlio Cazari, #22 Kzari HSV-010) ficou com o quinto tempo. Lucas Furlan, #5 FPR DENSO Supra, com um carro mais gordo que o Faustão (por estar lastrado com 100kg), não fez qualifying por questões pessoais – e por esse motivo, largou em último. Na GT300, Anderson da Silva comemorava sua primeira pole da história com a #36 MB DRT SLS, desbancando o até então invicto Diego Costa, piloto do #8 Vette Racing, lastrado com 100kg assim como Lucas. Você pode ver o resultado completo do qualifying aqui.

13 pilotos largaram. De primeira, na GT500, como não cabiam todos na primeira curva, alguém foi pra fora dela (Denner). O aperto se estendeu até a pequena reta oposta, que antecede o famoso S de Suzuka. Só com esse acontecimento, Furlan já ganhou três (!!!) posições e já era possível vê-lo em busca de Nick Nagano e Tavares Junior.

Para melhorar a situação do indaiatubano, Nick erra duas vezes (uma na primeira e outra na segunda volta) a curva que antecede o túnel. Não chega a rodar, mas perdeu por milésimos o controle de seu carro. Tal consequência fez com que ele perdesse as posições pra Lucas e Denner, os Supra's até então imbatíveis... quatro corridas, quatro vitórias do Toyota mais querido do mundo.

A situação só ficou preta para o japonês, campeão do ano passado. Ao decorrer dos primeiros 20 minutos de prova, chegou figurando a lanterninha da GT500. Ou acordava, ou teria o desfecho de perder mais um All Stars para seu maior rival das pistas, que já estava à caça do líder, o "forrozeiro" #82. A espera de melhora, Nagano é o primeiro da corrida a parar nos boxes. Na volta seguinte, vai Lucas trocar os pneus, mas sem reabastecimento, a fim de ir mais rápido que todos.
Um dos maiores desfechos da corrida estava por acontecer. Em menos de quatro minutos, três carros abandonaram – e um deles foi nada mais nada menos que Junior, que estava em uma estratégia ideal. A primeira colocação caiu como uma luva para... Lucas Furlan, a ponto de vencer pela terceira vez seguida no campeonato.
Mas, vamos com calma. Nem chegamos na metade de prova, mas chegou a chuva. Ela pegou todos de surpresa, pois a probabilidade de chover em Suzuka era mínima. Entretanto, apesar da sua micro-estadia, sequer encharcou a pista, a ponto de fazer todos pararem no pit para trocar pro pneu de chuva. Porém, é fato de que muitos se preocuparam com ela. A qualquer momento, alguém poderia ser prejudicado.

A essa altura, sem Junior na corrida, Lucas ia tentando de tudo para se distanciar do segundo colocado, Nick Nagano. O #1 NAG-R HSV-Evo LM e o #5 FPR DENSO Supra tinham basicamente o mesmo ritmo e era difícil se aproximarem, pois quando um perdia, o outro ganhava e vice-versa. Como Nick tinha parado primeiro, não foi diferente na segunda parte...

Enquanto isso, Furlan ainda estava na pista, quase sem pneu, sem aderência nenhuma e com pouca gasolina. Mas mesmo assim estava rápido. Quem ia à caça do piloto, agora, era Júlio Cazari, no outro HSV-010 do campeonato. O baixo desempenho do carro de Lucas após os pneus dianteiros serem liquidados fez com que ele finalmente parasse. Devido ao tempo que permaneceu na pista com pneus ruins, acabou voltando atrás de todos. Cazari era o novo líder até então, porém, apesar de ter os melhores pneus, tinha pouca gasolina. Não deu outra: parou em seguida. Igualmente a situação de Denner, segundo, que parou uma volta antes para tirar vantagem depois. Aqui, foi protagonizado um dos momentos mais tensos da corrida: o #21 RD Supra Bebê 45T estava na pista e logo avistou #22 Kzari HSV-010 saindo do pit lane. Na tentativa de passá-lo rapidamente, jogou seu carro pro lado, como se fosse "tudo ou nada". Por um tris, não houve nenhum acidente. De longe, foi a ultrapassagem mais bonita que aconteceu na história da SUPER GTS.
De fato, esta intervenção foi muito boa para Nick Nagano, que tinha parado primeiro. Em pouco tempo, seria o novo líder da GT500 e estava a poucos minutos de sua primeira vitória na temporada (e a primeira de um não-Supra na classe). Esse momento foi nada fácil, pois Furlan começou a se aproximar quando a chuva finalmente parou. Os pneus do #1 NAG-R HSV estavam piores, mas mesmo assim, fez questão de segurar as pontas... ou o Supra branco. Foi passado com aperto na reta principal, mas manteve-se na pista para acompanhar o ritmo de qualquer jeito e tirar a vantagem no pit-stop, com uma parada a menos.

Na volta 36, Nagano efetuou, finalmente, sua parada – a penúltima. Foi mamão com açúcar, pois Furlan ainda estava brincando na pista, e estava novamente com seus pneus totalmente gastos. Chegou até apelar pro drift em alguns trechos, na tentativa de ir mais rápido (ação realizada por ele, Nagano, Sombra e Denner em Tokyo, todos com acertos de baixo arrasto). Parou três voltas depois, mas voltou atrás de Nagano. Denner também parou na mesma volta que Lucas e ficou próximo. No mesmo embalo da situação ocorrida na segunda parada de ambos, Nagano perdeu alguns segundos por volta por ter o pneu mais gasto e um carro com tanque mais cheio. O que ele não esperava era que Furlan e Denner fossem tão precisos, que não dispensavam nem uma saída pela grama. Quando os três se juntaram, ambos foram pro pit. Quem acabou se dando mal nessa, foi Nagano, pois os mecânicos não ajudaram o carro a sair mais rápido e acabou ficando quase dois segundos atrás de Denner, sendo este, à quinhentos milésimos de Furlan, respectivamente.

E deu-se inicio a parte final da GT500.
Simplesmente não dava pra chegar o mais próximo a não ser pela intervenção dos carros da GT300. Nick, Denner e Furlan tinham ritmos completamente iguais. Como foi dito, se um ganhava, o outro perdia – e se não ocorresse nem um nem outro, era neutro. Foi assim até o final da prova, exceto quando Denner, que estava disputando no tapa o primeiro lugar com Lucas, forçou demais o carro e acabou rodando na Dunlop Curve na penúltima volta. Para tristeza dele e para a felicidade de Nagano, foi ultrapassado pelo mesmo. Furlan acabou vencendo, mas de forma muito apertada, diferente de seu habitual.
Pole position da GT300, Anderson da Silva se deu muito bem na largada. Logo se distanciou e foi de certo modo beneficiado por dois caras da GT500: Júlio Cazari e Otto Wilson, que erraram e acabaram se encontrando com os carros da outra classe, logo causando o primeiro tráfego da corrida. Clayton Nemezio, o "tio", #65 WILD Venom Impreza, teve uma das melhores arrancadas na largada. No entanto, foi quase expelido pra fora a caminho do S, mas rapidamente recuperou e foi à caça de Maciel (#12 Atom Joker RX-7) e Raphael Capuchinho (#15 SLS Minardi GT).

Os Corvette's (#8 Vette Racing, Diego Costa e #85 OAK Corvette Z06, Gian Carvalho) se matavam nas primeiras voltas. Uma escapada acabou deixando Diego pra trás, sendo passado pelo #12, #32 e #65. De uma forma similar a de Nick Nagano, o piloto foi em busca de uma pequena recuperação na primeira parte. Passou com certa facilidade Clayton Nemezio, por ser mais experiente. Rapidamente já buscava a terceira colocação. Um pequeno deslise de Gian fez com que Diego quase quebrasse o eixo dianteiro, mas nada de grave aconteceu e o piloto se sobressaiu dessa. No entanto, minutos depois, Diego rodou na Dunlop Curve e perdeu novamente suas conquistadas duas posições na corrida. Novamente o piloto, vitorioso em duas corridas até agora, tentou fazer uma recuperação imediata.

Gian Carvalho pilota seu #85 OAK Corvette Z06 com câmbio automático, logo, não demorou para que Diego Costa estivesse cada vez mais próximo, depois dos erros cometidos. No entanto, ao mesmo tempo que isso acontecia, a GT500 começou a negociar tráfego com a GT300 e isso foi, de certo modo, crucial para todos os lados. Vamos lembrar que Diego é o cara mais "gordo" da GT300: tinha na mesa 100 fodendo quilos com um Big Mac sabor queijo cheddar numero #8, uma baita desvantagem. Enquanto que Anderson aumentava, em cada volta, dois segundos de diferença para o segundo colocado – que na ocasião era Rafael Pereira (#32 USTIO IS350), um piloto que inicialmente não teve confiabilidade com seus pneus, revogando da situação na corrida, mas tava carregado de um grande peso: 60kg.
Começava então as paradas da turma da 300. Gian foi o primeiro a parar – e muito cedo, diga-se de passagem. Foi sucedido em seguintes voltas por Rafael, Maciel, Anderson (e que ainda voltou na liderança). Diego permaneceu mais dez minutos na pista, em uma tentativa de fazer menos paradas que os demais e, com isso, ganhar tempo na pista e almejar uma boa colocação. Tentou segurar Anderson e Rafael, mas não deu e logo foi ultrapassado, já caindo em desvantagem ao fazer o pit-stop tardio.

A essa altura, começava a "falsa chuva". E Anderson não deu chances ao Rafael, ficavam distantes um do outro a cada volta. Só não era a batalha do momento, pois esse papel serviu aos caras do Corvette, novamente. Pelo pit-stop tardio de Diego, encontrou-se com Gian de novo na pista e os dois inciaram a briga pelo quarto lugar. Gian, entretanto, não conseguiu segurar o rival na pista por muito tempo. O piloto acabou indo pro pit duas voltas depois para troca de compostos intermediários, uma vez que Suzuka, ao chover por um tempinho, já apresentava trechos um pouco encharcados.
Ao que parece, a parada tardia de Diego valeu a pena, pois Rafael efetuou sua segunda (para pneus de chuva) e voltou enfrentando pressão do #8 Vette Racing, que lhe passou após o hairpin. Ao mesmo tempo, a WILD Motorsport perdeu seu carro pela Hyundai-net, culminando no segundo abandono da GT300 (o primeiro foi de Raphael Capuchinho, #15 SLS Minardi GT, na volta 10 da classe). Quando a pista secou-se por completo e a chuva parou, Gian e Rafael foram imediatamente para os boxes, novamente. Totalmente um tiro no pé de ambos.

E quem se deu bem com essa foi Anderson, já que sua #36 MB DRT SLS casou-se perfeitamente com a condição da pista. Não hesitou em parar para troca de pneus intermediários ou de chuva nem quando a chuva apareceu. O #85 OAK Corvette Z06 abandona pouco depois e deixa apenas quatro concorrentes na GT300, mas todos eles já distantes um do outro.
Anderson desenhava na mente sua primeira vitória na GTStage. Mas só desenhou, pois ela não aconteceu: apesar da diferença que deixou toda vez quando era iniciado um novo stint, faltando poucos minutos pro fim, rodou sua SLS GT3 num dos S, demorando pra voltar pra pista e acumulando tempo suficiente para Diego Costa tomar seu primeiro lugar sem dificuldades. Completamente um desfecho para o pole, mas uma corrida abençoada para Diego. O pódio foi completado por Maciel, que quase foi tomado por Rafael nas voltas finais. Se Rafa não tivesse feito uma parada de emergência, o terceiro lugar seria garantido.

INTERVIEW

Classe GT500
Primeiro lugar
#5 FPR DENSO Supra / Lucas Furlan
"Corrida sensacional! Eu não fiz qualify, larguei em último, deixei pra treinar no dia da corrida... Carro com 100kg de lastro. Todas as desvantagens possíveis pra essa corrida e vencer ela... caramba, foi demais pra mim, puta que pariu! O pega com o Denner na penúltima volta foi muito lindo. O bicho vinha com sangue nos olhos pra cima do meu carro, já tava me contentando com um segundo lugar... até que ele me passa e da uma rabeada eu retomo a primeira posição. E ainda, nessa mesma penúltima volta, ele vinha muito mais rápido que eu. Infelizmente ele acabou dando uma escapada e foi pra brita, senão, na última volta não ia conseguir segurar não... Tive a sorte dele ter errado lá, Nagano tinha um baita carro também, mas pelo que eu pude perceber, posso estar errado, ele acabou errando nas estratégias de pit. Acho que se tivesse mais uma volta ele me passava com o pneu de sobra dele. Bom, minha primeira posição na minha opinião não tive méritos, por causa do Junior. Ele caiu e tava pilotando muito. Chegou abrir mais de dez segundo de vantagem antes de parar pela primeira vez. No pit ele tava voando também! No mais, essa entra pra minha lista de uma das melhores corridas que já tive na história."

Segundo lugar
#1 NAG-R HSV-Evo LM / Nick Nagano
"Tive um péssimo início de corrida a ponto de cair pra último na GT500. Tive que contar com o mau desempenho do pessoal lá na frente, pois estava com abusivos 60kg de lastro e "preguiçoso demais" pra afiar a tocada. Com o abandono do Otto, logo assumi o quinto lugar. Como não tive uma estratégia pronta pra essa corrida, fui o primeiro a trocar os pneus. Não sei se adiantou... na minha opinião, adiantou, porque depois eu cheguei a tirar uma boa vantagem em cima do carro do Lucas, pois ele parou depois e com isso consegui ganhar alguma coisa na pista. A "falsa" chuva me assustou, mas ainda bem que não encharcou Suzuka por completo, senão estava fodido. O final da corrida foi um dos meus momentos preferidos. Estava certo de uma vitória, no entanto, inventei de parar ao mesmo tempo que a dupla dos Supra e quem acabou se dando mal nessa fui eu, pois demorei mais que ambos para voltar pra pista. Resultado, tirava milésimos aqui e ali deles, mas não deu. Com o erro do Denner, que estava engatilhado a brigar até o fim com o Lucas, logo na penúltima volta, assumi o segundo lugar, à dois segundos do Lucas. Nosso ritmo foi praticamente igual. Apesar da boa colocação na corrida, mesmo assim recolho aos boxes mais triste do que um emo cortando os pulsos e escorado no poste da esquina, pois além de ter a chance na mão jogada fora, almejava uma vitória nessa pista que considero como minha preferida, com meu carro, nesse campeonato, e ainda mais sendo um GTS All Stars. Lamento muito pelos abandonos, especialmente o do Junior, que era pole e com certeza teria dado trabalho pra gente no resto da race... Dia amargo e doce ao mesmo tempo. Cabeça erguida a caminho de Mid-Field!"

Terceiro lugar
#21 RD Supra Bebê 45T / Roberto Denner
"Muito louco! Meu ritmo tava bom, principalmente com pneu meio gasto, mas o chassi cansado do Bebê enganava meus reflexos de vez em quando. E com isso, acabei cometendo muitos erros, mas foi massa de qualquer jeito. Consegui correr do jeito que eu gosto e tive muitos pegas, com o Cazari e com o Lucas. Foi muito linda aquela dividida de curva eu tinha passado por dentro na entradinha e acabei cutucando a parte verde, saiu de traseira e fui contornando num drift enquanto o Lucas me passava por dentro, muito lindo. Teve uma ultrapassagem com o Cazari, meio "kamikaze", que ainda bem que não deu merda... Fiquei só no susto mermo. Uma pena a negada ter caído, acho que foi o único lado ruim dessa corrida, parabéns Lucas e valeu pessoal!"

Classe GT300
Primeiro lugar
#8 Vette Racing / Diego Costa
"Devo ter gasto toda minha cota de sorte nessa corrida...carro lento nas retas, erros que cometi sozinho...vitória totalmente inesperada. Estava satisfeito em completar a corrida depois de tudo o que aconteceu de errado, mas os problemas com o Rafael e Anderson me permitiram chegar a vitória. Sem a chuva troll, eu talvez chegasse em terceiro, visto que minha performance era 0,500~0,900 mais lenta do que os colegas citados."

Segundo lugar
#36 MB DRT SLS / Anderson da Silva
"Não ganhei Playstation 4, não ganhei Project CARS e não ganhei o GTS All Stars."

Terceiro lugar
#12 Atom Joker RX-7 / Maciel Claudino
"Corrida surpreendente. Não esperava o terceiro lugar. Meu ritmo era mais lento que os demais da GT 300. E até a vitória do Diego, fiquei surpreso, pelo ritmo do Anderson, Rafa tbm errou quando choveu, acho que colocou pneu para chuva. Cometi um erro crucial na minha corrida nos 's' que perdi cerca de 15 segundos, senão brigaria por uma melhor colocação, como pode ser visto na diferença final dos que terminaram. No mais foi show muitas disputas e mudanças. O Rafa e o Anderson andaram demais. E parabéns ao Diego pela vitória!"

8 de jun. de 2015

SUPER GTS 2 – Terceiro round, segunda vitória de Lucas Furlan e Diego Costa no campeonato

O "Round 3 – SUPER GTS in TOKYO CITY", terceiro round do calendário da segunda temporada do SUPER GTS, foi realizado no circuito civil de Tokyo, denominado Tokyo Route 246, por volta das 22h do dia 6 de junho de 2015. Os vencedores foram Lucas Furlan (#5 FPR DENSO Supra) na GT500, e Diego Costa (#8 Vette Racing) na GT300.

Olá! Primeiramente, queria agradecer a paciência de todos os pilotos que aqui estiveram presentes, pois a corrida foi forçadamente adiada por conta do servidor aleatório do GT6, que na ocasião original (dia 30 de maio) não colaborou nem um pouco conosco e todos foram obrigados a recolher seus carros para tentar correr na semana seguinte. Enfim, o cronograma foi o mesmo e felizmente deu certo! Além de ter proporcionado uma das corridas mais legais da história do online da GTStage. Com vocês, o report do Round 3!

Primeiro, deve ser mencionado o qualifying, que teve como pole position Lucas Furlan, de #5 FPR Supra e Diego Costa, com o #8 Vette Racing. Sem interferência do servidor, as duas sessões ocorreram normalmente no dia 29 de maio. O resultado você pode conferir clicando aqui.

A corrida, na GT500, começou fervorosamente: os quatro primeiros colocados se misturaram entre si. Lucas, o pole, perdeu rapidamente a primeira colocação pra aquele que pode ser considerado o grande nome do campeonato: Alexandre Sombra, que corre de GT-R (#11 Schatten Racing GT-R). O problema é que isso não durou uma volta, pois o Supra é um dos melhores carros de reta, e aproveitou a passagem pela reta dos boxes para chegar junto e ter a preferência na primeira curva.

Enquanto isso, no terceiro lugar, Denner (#21 RD Supra Bebê 45T) e Nick Nagano (#1 NAG-R HSV-Evo LM) tentavam de tudo em ser tornar um melhor que o outro. No início, Denner se saiu melhor, mas não durou muito tempo para que Nick obtivesse a terceira posição em busca da segunda, ocupada por Alexandre.

Começou uma das batalhas mais importantes de toda a corrida.
Nenhum desses dois economizou na direção. Com acertos e pacotes aerodinâmicos muito parecidos (nas conversas de paddock, os dois supostamente andaram praticamente "sem asa" na corrida, a fim de tentar se equalizar com o todo poderoso carro e piloto do momento: o Supra e Lucas Furlan), os dois deram um show de pilotagem e proporcionaram um pega dividindo a torcida pro lado rosa (ui!) e pro lado vermelho da força. E claro, acompanhado do drift em boas ocasiões, especialmente quando ambos estavam com pneus bastante gastos.

Não menos importante, estava Denner, decaído na sexta posição, atrás dos dois Lexus SC430: o de Tavares "JR" Junior, o #82 Forrozin Fast, e o de Otto Wilson, o #99 Tacit Ronin. Em situação muito similar a de Nagano e Sombra, Otto e Junior foram mestres em suas direções e proporcionaram um pega bastante interessante no meio do pelotão... Bem, Otto, por sua vez, foi "menos mestre" que Junior, uma vez que o #99 beirou algumas vezes nos muros de Tokyo, a ponto de uma delas danificar temporariamente seu eixo dianteiro – e ceder ultrapassagem a JR. Otto, na primeira parte da prova, sempre teve Denner em sua cola, até na hora de parar para troca e reabastecimento.
Nagano e Sombra, a dupla badalada da corrida, entrou no pit exatamente quando o relógio da corrida marcou 20 minutos decorridos de prova. A estratégia aparentemente era a mesma e os dois caminhavam à duas paradas. Lucas, no céu (pra dizer que ele já estava longe pra caralho, folgado na primeira posição), parou na volta seguinte e evidenciou uma segunda parada, também.

Na verdade, todos evidenciaram... Exceto JR, que segurou até onde dava o seu #82 Forrozin Fast SC430, que completou a corrida em 30 minutos com os mesmos compostos. Foi o único da classe GT500 a apostar numa única e arriscada parada – que, vale ressaltar, quase deu certo. Lucas acabará por passar JR logo quando este entra nos boxes. Voltou atrás de meio mundo, mas relembre: o único apostando em uma parada, tava na dele... Era certo de que, uma hora ou outra, ele viria a se tornar líder, já que a margem de distancia entre todos os carros era pequena.

A grande diferença de velocidade do modelo turbo da Toyota e a versão luxuosa aspirada ficou ainda mais evidente na reta, quando JR encontrou Denner pelo caminho, já desgastado com pneus do primeiro stint. O Lexus é melhor de curva.

Para Nick Nagano e Alexandre Sombra, pouco mudou: os dois continuaram o pursuit da segunda posição. Novamente pararam na mesma volta e combinaram a mesma estratégia, que infelizmente não foi o suficiente pra chegar perto de Lucas. Com erros de Alexandre, Nick conseguiu uma boa oportunidade de se aproximar e tomar o cobiçado segundo lugar "com cara de primeiro lugar". Depois do desfecho, Alexandre perseguiu o campeão do ano passado, tomou a posição de volta, mas no fim, não deu certo. Para piorar, foi nocauteado por uma tentativa fracassada de um GT300 ceder-lhe a posição. Corrida desastrosa para o piloto, que assim como Nagano e Denner, reside em Fortaleza.
Falando em Denner, melhor para ele: quase desacreditado na última colocação da classe, com bom aproveitamento (e com a rodada de Sombra), chegou em terceiro, apagando o mau desempenho em Fuji e reeditando seu lugar na classificação do ranking. Sombra conseguiu um quarto lugar, quase perdido pra JR, que a titulo de afirmação, não conseguiu segurar o primeiro lugar – que mais parecia garantido, e teve que parar para reabastecer. Otto fechou a lista da GT500 em último.

Para a GT300, mais um passeio de Diego Costa, o #8 Vette Racing. No entanto, é bom ressaltar que o piloto precisou ficar esperto toda hora, por causa de uma certa dupla rotativa, que vinha muito forte pra essa etapa: Maciel Claudino e o seu #12 Atom Joker RX-7, de pintura nova e que o organizador do campeonato está querendo apelidar de "Hurricane".
Já na primeira volta, rapidamente Diego Costa abriu uma margem enorme, de mais de um segundo. O piloto quase engatilhou a turma da GT500. Após 6 voltas, já era possível ver o piloto a 10 segundos de todos os demais de sua classe.

Maciel, por sua vez, estava em uma situação similar na segunda posição. Porém, não ia demorar pro piloto quase ter seu Atom Joker ovacionado pelos outros 300, em função de uma leve batida que aproximou Gian Carvalho (#85 OAK Corvette Z06) e Anderson da Silva (#36 MB DRT SLS), dando início a batalha mais importante da GT300 – que assim como a GT500, também foi o segundo lugar.

Quietos, Rafael Pereira (#32 USTIO IS350) e Clayton Nemezio (#65 WILD Venom Impreza) chegaram a atormentar o pelotão da frente, porém, rapidamente perderam rendimento, mas protagonizavam um bom pega sob a quinta colocação da classe. O primeiro citado venceu por mérito a última corrida em Fuji e qualquer posição à frente seria importante pra continuar na liderança do campeonato. Enquanto que Clayton, batizado pela comunidade como "tio", coleciona uma série de corridas abandonadas e/ou sem brilho e destaque. Mas (in)felizmente, tio não é pior que Raphael Capuchinho, que mais uma vez, fez papel de lanterninha em uma corrida da SUPER GTS 2, que está exigindo até demais de seus pilotos.
Clayton, no decorrer da primeira parte (e com a parada de Rafael Pereira), buscou algumas posições a frente. Enquanto Anderson garantia a segunda posição livremente a mais de 10 segundos do terceiro, tio encontrou Maciel e Gian pra brigar, algo inédito pro piloto do #65 WILD Venom Impreza, acostumado a protagonizar passeios solitários nas últimas posições. Foi seu melhor momento na corrida. Mais tarde, conseguiu até fazer a segunda melhor volta da classe – a primeira, vocês sabem, pertenceu de ponta a ponta pelo #8 Vette Racing, totalmente imbatível nesta prova.

Em estratégias diferentes, Maciel conseguiu distanciar-se de Gian, seu principal rival da primeira até a segunda metade da prova. Deu tempo de buscar Anderson, que tentava a todo custo levar sua #36 MB DRT SLS ao pódio em segundo lugar, tentando fazer seu melhor feito em uma corrida na GTStage. Lembrando que Anderson fez uma única parada, mas o desempenho não colou e o segundo lugar ficará para próxima...
Maciel passou com seu "Hurricane" tranquilamente, ao fim da corrida, e garantiu sua segunda posição, depois de dois quarto lugares até agora (e considerando esta como sua melhor corrida até hoje na GTS). Gian Carvalho, o outro Corvette, como foi citado, protagonizou uma boa batalha pelo segundo lugar, mas este estava em estratégia diferente e acabou perdendo posição até pro Rafael, discreto, com o #32 USTIO IS350. Clayton, apesar do pequeno show que deu perante aos outros pilotos, ficou em penúltimo.

Com o resultado desta corrida, no campeonato de pilotos, Lucas Furlan, na GT500, dispara pra ousados 24 pontos, seguido por Denner, sendo os dois Supra's inscritos os primeiros colocados da classe. Em terceiro, vem o campeão do ano passado, Nick Nagano, tentando intervir com o HSV-010 e colocar ele no seu devido lugar. Sombra chega empatado com Junior, mas o piloto do #11 Schatten Racing GT-R chegou uma vez em segundo, tendo a preferência pela quarta posição.

Na GT300, Diego volta a assumir a liderança, depois do abandono que teve em Fuji. O piloto soma 24 pontos, exatamente como Lucas Furlan. Rafael Pereira segue em segundo, com 21. Maciel fecha o top 3 com 18 e é seguido respectivamente por: Gian, Anderson, Clayton e Capuchinho, dos que participaram nesta etapa.
INTERVIEW

Classe GT500
Primeiro lugar
#5 FPR DENSO Supra / Lucas Furlan
"Corridão... Não esperava ganhar, pois estava esperando ver um GT-R na minha frente sobrando, fiquei surpreso em ter se distanciando de todos. De inicio queimei largada perdi três posições, logo na primeira curva, com um incidente, já pulei 2 posições, dali em diante foi só buscar o Sombra que eu achava que ia ser muito difícil, mas foi tranquilo... Eu acho que isso foi estratégia de lastro (risos), até que eu vou lá e paro com 21 minutos de corrida, passam 22, 23, 24... 30, até que JR para pra fazer a troca, falei pra mim mesmo: fodeu. Ele vai ganhar essa porra, mas deu pra buscar JR, que infelizmente teve que parar na última volta se não era "Rubens" garantido. Eu tive apenas um imprevisto com o Diego, mas foi total culpa e minha peço desculpa pela porrada. Naquele curvão de Tokyo no final dele na volta 35 estava atrás dele eu fui seco achando que espalharia pro lado direito e acertei ele, total culpa minha, de resto foi tranquilo, agora partiu 8ª posição em Suzuka."

Segundo lugar
#1 NAG-R HSV-Evo LM / Nick Nagano
"Bom, estou feliz por essa corrida. No início de prova fui prensado pelo Denner, num lance totalmente não-intencional, coisa de corrida e que não preciso tirar mérito nenhum. Ele se atrapalhou logo depois, umas duas voltas atrás, de forma similar. Mas como disse, são coisas de corrida. Tentei de tudo pra buscar o Lucas Furlan e o Alexandre Sombra no início de prova. O último citado andou num ritmo muito parecido com o meu e em partes consegui se aproximar, mas ele sempre recuperava e distanciava rápido. Não tive problemas com retardatários, mas tomei um susto apenas na hora de passar o Diego e o Gian, a dupla de Corvette. Nada que atrapalhasse a corrida dos dois. Cheguei a ver retardatário se escorando na parede pra ceder posição... Não é pra tanto, galera. Uma hora a gente passa vocês, não precisam forçar passagem, não. Enfim... Muito boa a corrida. Pena que o Junior não ganhou, pois essa corrida era pra ser dele (botando lenha na fogueira mesmo, hahaha... partiu ir com batatas fritas de McDonalds pra Suzuka). Parabéns a todos e bora correr na etapa mais importante do calendário, o All Stars IV em Suzuka."

Terceiro lugar
#21 RD Supra Bebê 45T / Roberto Denner
"Meu ritmo caiu por mudança de rotina, sem ter tempo de dar umas voltinhas desde domingo passado... Larguei bem, mas acabei me atrapalhando disputando posição com o Nagano e tive outro probleminha ao passar o Tio (Clayton Nemezio), eu tinha me esquecido que ele não podia me ver e acabei imprensado duas vezes na parede. De resto fui tentando ter um bom ritmo e seguindo a estrategia de duas paradas, cheguei a achar que ia me dar mal nessa corrida, mas nas ultimas voltas fui ganhando posições até chegar em terceiro. Tô feliz com o pódio. Parabéns ao Lucas e o Diego, parabéns negada, foi muito massa a corrida!"

Classe GT300
Primeiro lugar
#8 Vette Racing / Diego Costa
"Parabéns a todos, pois depois de muito tempo a corrida não teve abandonos. Sobre a corrida: a largada foi tranquila, eu esperava uma pressão do Maciel e Anderson, devido aos seus tempos no qualifying mas não aconteceu. A partir daí, mantive um bom ritmo e até faria duas paradas, mas os pneus aguentaram bem e o Maciel não parava nunca, fiquei preocupado. Mas acabei com uma parada e levei até o final. Agora complicou pra Suzuka, 100kg não vai ser fácil."

Segundo lugar
#12 Atom Joker RX-7 / Maciel Claudino
"Minha melhor corrida em campeonatos aqui na GTS. Difícil de conseguir, assim como de eu acertar estratégia e a configuração do carro... Milagre! Uma pena ter errado no começo e perdido posição para Gian e Anderson, eles me seguraram na casa do 1min42s por um tempo. Mas por outro lado as disputas e a tensão na corrida ficaram eletrizantes. Gostei de ver o Tio no pelotão! Parabéns ae ao Diego! Vamos para próxima, agora com um pouco de lastro devo voltar ao meu nível!"

Terceiro lugar
#36 MB DRT SLS / Anderson da Silva
"Os tempos do qualifying não vieram, acho que devido ao hiato de uma semana... Mas de boa, apenas um erro na estratégia que era parar por volta dos 30 minutos de prova, mas assustei com o Maciel Claudino chegando rápido e antecipei a parada que depois faria falta... Os pneus acabaram e não teve como segurar a posição. No geral, ótimo. Top 3 em duas corridas... Essa é a Dinoco... Katchuca... Katchuka!!!"

RESULTADO DO QUALIFYING
RESULTADO DA CORRIDA
RANKING DE PILOTOS
RANKING DE EQUIPES

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